As prateleiras das farmácias e lojas de produtos naturais estão lotadas de remédios à base de plantas que prometem emagrecer sem esforço. A maioria não tem registro no Ministério da Saúde, órgão que controla a qualidade desses compostos. Para o endocrinologista Márcio Mancini, do Hospital das Clínicas (SP), ainda não existem pesquisas que comprovem a eficácia das ervas na perda de peso. Por isso, antes de sucumbir às fórmulas mágicas, é preciso entender sua ação no organismo.
Alcachofra e boldo
Poucas plantas têm o efeito terapêutico aprovado pelo Ministério da Saúde. A alcachofra e o boldo-do-chile fazem parte deste grupo. As duas aumentam a fabricação da bílis, que atua como um detergente no organismo e auxilia na quebra das gorduras durante a digestão.
Garcínia
A garcínia possui uma substância chamada ácido hidrocítrico, que induz a quebra da gordura. Mas ainda há muita polêmica sobre sua eficácia: a quantidade de calorias perdidas neste processo não é considerada significativa.
Cáscara-sagrada
A planta age no intestino com efeito laxante, fazendo com que os alimentos digeridos sejam eliminados rapidamente, o que também reduz a absorção dos nutrientes. De acordo com o farmacologista Antônio Carlos Lapa, da Unifesp, a cáscara-sagrada pode irritar o órgão. Estudos indicam ainda que o intestino fica dependente e não funciona mais sozinho.
Carqueja
A carqueja tem leve efeito diurético e ajuda na digestão. Acredita-se também que possa diminuir a entrada de glicose no organismo.
Fucus
Um tipo de alga que, ao se misturar com a água, daria a sensação de estômago "cheio". O fucus é também fonte de iodo e poderia ativar o metabolismo da tiróide. É contra-indicado para quem tem pressão alta e problemas na tiróide.
A vez dos crustáceos
Entre os remédios rotulados como naturais, aqueles que contêm quitosana já estão recebendo o aval de alguns médicos.Vendida como "liporredutora", a quitosana, produto feito com a casca da lagosta, camarão e caranguejo, tem um efeito comprovado: reduz os níveis de colesterol. De acordo com João Ernesto, pesquisador da Unicamp, a quitosana tem a capacidade de envolver as moléculas de gordura e impedir que sejam completamente absorvidas pelo organismo. Quando a fibra é eliminada, leva junto parte da gordura ingerida. Cada grama de quitosana teria o poder de acabar com oito gramas de gordura -uma fatia de pizza mussarela tem 17 gramas de gordura e uma coxinha pequena, 1,6 grama, por exemplo. Quem tem alergia aos crustáceos precisa consultar um médico antes de experimentar as cápsulas. Outra coisa referente a fabulosa quitosana é que pacientes com problema pode ter o bolo fecal ressecado e ter sérias consequências.
O mais prudente antes de começar qualquer tratamento para emagrecer, é procurar orientação médica.
Desconfiar é preciso
Os compostos não devem ser usados por mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
Verificar os componentes da fórmula é importante. Produtos que contêm substâncias químicas como a efedrina e a fenolftaleína só devem ser ingeridos com supervisão médica. A fenolftaleína é laxante e pode "viciar" o intestino. "O composto 46, da linha homeopática, é um exemplo disso", afirma o endocrinologista Marcio Mancini. A efedrina age no corpo da mesma maneira que a adrenalina -acelera o metabolismo e traz efeitos colaterais, como boca seca, suor excessivo, tremores e taquicardia. A Vigilância Sanitária proibiu a mistura da efedrina com ervas.
O bioquímico Sylvio Panizza desaconselha a mistura de ervas: o efeito de uma pode anular o da outra. "Não se deve colocar um vegetal estimulante, como guaraná ou cafeína, com um sedativo, como maracujá", exemplifica.
Muitas ervas em estado natural podem estar contaminadas com agrotóxicos. O ideal é adquiri-las em farmácias e nunca em bancas de rua.
A maioria dos "naturais" não é aprovada pelo Ministério da Saúde. Segundo a Vigilância Sanitária, órgão vinculado ao Ministério, essas fórmulas são registradas como suplemento alimentar. Levar um produto com o número do registro do Ministério estampado na caixa é uma forma de garantir que não há adição de substâncias químicas. O Disque Saúde presta informações sobre os fitoterápicos: tel. 0800-61-1997.
Alcachofra e boldo
Poucas plantas têm o efeito terapêutico aprovado pelo Ministério da Saúde. A alcachofra e o boldo-do-chile fazem parte deste grupo. As duas aumentam a fabricação da bílis, que atua como um detergente no organismo e auxilia na quebra das gorduras durante a digestão.
Garcínia
A garcínia possui uma substância chamada ácido hidrocítrico, que induz a quebra da gordura. Mas ainda há muita polêmica sobre sua eficácia: a quantidade de calorias perdidas neste processo não é considerada significativa.
Cáscara-sagrada
A planta age no intestino com efeito laxante, fazendo com que os alimentos digeridos sejam eliminados rapidamente, o que também reduz a absorção dos nutrientes. De acordo com o farmacologista Antônio Carlos Lapa, da Unifesp, a cáscara-sagrada pode irritar o órgão. Estudos indicam ainda que o intestino fica dependente e não funciona mais sozinho.
Carqueja
A carqueja tem leve efeito diurético e ajuda na digestão. Acredita-se também que possa diminuir a entrada de glicose no organismo.
Fucus
Um tipo de alga que, ao se misturar com a água, daria a sensação de estômago "cheio". O fucus é também fonte de iodo e poderia ativar o metabolismo da tiróide. É contra-indicado para quem tem pressão alta e problemas na tiróide.
A vez dos crustáceos
Entre os remédios rotulados como naturais, aqueles que contêm quitosana já estão recebendo o aval de alguns médicos.Vendida como "liporredutora", a quitosana, produto feito com a casca da lagosta, camarão e caranguejo, tem um efeito comprovado: reduz os níveis de colesterol. De acordo com João Ernesto, pesquisador da Unicamp, a quitosana tem a capacidade de envolver as moléculas de gordura e impedir que sejam completamente absorvidas pelo organismo. Quando a fibra é eliminada, leva junto parte da gordura ingerida. Cada grama de quitosana teria o poder de acabar com oito gramas de gordura -uma fatia de pizza mussarela tem 17 gramas de gordura e uma coxinha pequena, 1,6 grama, por exemplo. Quem tem alergia aos crustáceos precisa consultar um médico antes de experimentar as cápsulas. Outra coisa referente a fabulosa quitosana é que pacientes com problema pode ter o bolo fecal ressecado e ter sérias consequências.
O mais prudente antes de começar qualquer tratamento para emagrecer, é procurar orientação médica.
Desconfiar é preciso
Os compostos não devem ser usados por mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
Verificar os componentes da fórmula é importante. Produtos que contêm substâncias químicas como a efedrina e a fenolftaleína só devem ser ingeridos com supervisão médica. A fenolftaleína é laxante e pode "viciar" o intestino. "O composto 46, da linha homeopática, é um exemplo disso", afirma o endocrinologista Marcio Mancini. A efedrina age no corpo da mesma maneira que a adrenalina -acelera o metabolismo e traz efeitos colaterais, como boca seca, suor excessivo, tremores e taquicardia. A Vigilância Sanitária proibiu a mistura da efedrina com ervas.
O bioquímico Sylvio Panizza desaconselha a mistura de ervas: o efeito de uma pode anular o da outra. "Não se deve colocar um vegetal estimulante, como guaraná ou cafeína, com um sedativo, como maracujá", exemplifica.
Muitas ervas em estado natural podem estar contaminadas com agrotóxicos. O ideal é adquiri-las em farmácias e nunca em bancas de rua.
A maioria dos "naturais" não é aprovada pelo Ministério da Saúde. Segundo a Vigilância Sanitária, órgão vinculado ao Ministério, essas fórmulas são registradas como suplemento alimentar. Levar um produto com o número do registro do Ministério estampado na caixa é uma forma de garantir que não há adição de substâncias químicas. O Disque Saúde presta informações sobre os fitoterápicos: tel. 0800-61-1997.
Por Silvinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário