Drogas que melhoram a qualidade de vida movimentam US$ 30 bilhões, atraem grandes laboratórios e até mesmo as novatas Nestlé e L'Oreal Uma mulher de 55 anos é consumidora fiel de uma pílula que ajuda a rejuvenescer; seu marido já não sofre mais de impotência sexual – um comprimido deu fim ao problema de disfunção erétil. A filha, de 18 anos, usa um contraceptivo oral que, além de evitar a gravidez, trata da pele e evita o crescimento de pêlos. A família descrita acima é fictícia, mas simboliza muito bem a nova fase da indústria farmacêutica. Não basta criar a cura de doenças graves. A tendência agora é desenvolver produtos que melhorem a qualidade de vida do ser humano. Exemplos dessa nova postura não param de chegar às farmácias. Há um mês, o Yasmin, contraceptivo da Shering que traz uma série de vantagens para a mulher, foi lançado no Brasil. O Levitra, desenvolvido pela Bayer para concorrer com o Viagra, também acaba de chegar ao País. Na Europa, a sensação é o Inneov – a pílula da beleza – que promete o rejuvenescimento. Deve desembarcar aqui no ano que vem. Isso sem falar em medicamentos que combatem acne, calvície e obesidade. A corrida da indústria do bem-estar está tão acelerada que chega a movimentar US$ 30 bilhões no mundo. No Brasil, o novo segmento ainda se beneficia da venda indiscriminada de remédios. “A população mundial está vivendo mais e quer também viver melhor”, diz Theo Van der Loo, presidente da Schering no Brasil.
A promessa de lucro é tão grande que até mesmo empresas sem tradição na área já mostraram suas armas. É o caso de L’Oreal e Nestlé, que criaram a empresa Inneov, dona do medicamento de mesmo nome e que vem sendo chamada de pílula da beleza. A primeira da série, lançada na Europa, promete rejuvenescer a pele com um simples comprimido. Os valores para o desenvolvimento do produto não foram revelados. O que se sabe é que o Inneov está inserido na categoria de suplemento alimentar, que movimenta 400 milhões de euros na Europa (leia box). Por enquanto, a embalagem com 60 comprimidos está sendo vendida pelo preço equivalente a R$ 90.
“A população está mais preocupada com estética e qualidade de vida. A indústria só acompanha esse novo comportamento”, diz Cláudio Sturion, médico da Roche. A empresa, que fatura US$ 12 bilhões por ano, destina 12% dessa verba ao segmento “Life Style” (Estilo de Vida), que inclui remédios como o Roacutan, para o tratamento da acne – que incomoda 25 milhões de pessoas no Brasil. A empresa chegou a criar o site Cucas.com.br para reunir os pacientes. O mesmo foi feito pela Roche com os usuários do Xenical, remédio contra obesidade. “Os pacientes não querem mais saber de dietas da lua. Querem resultados cientificamente testados”, garante o médico
A promessa de lucro é tão grande que até mesmo empresas sem tradição na área já mostraram suas armas. É o caso de L’Oreal e Nestlé, que criaram a empresa Inneov, dona do medicamento de mesmo nome e que vem sendo chamada de pílula da beleza. A primeira da série, lançada na Europa, promete rejuvenescer a pele com um simples comprimido. Os valores para o desenvolvimento do produto não foram revelados. O que se sabe é que o Inneov está inserido na categoria de suplemento alimentar, que movimenta 400 milhões de euros na Europa (leia box). Por enquanto, a embalagem com 60 comprimidos está sendo vendida pelo preço equivalente a R$ 90.
“A população está mais preocupada com estética e qualidade de vida. A indústria só acompanha esse novo comportamento”, diz Cláudio Sturion, médico da Roche. A empresa, que fatura US$ 12 bilhões por ano, destina 12% dessa verba ao segmento “Life Style” (Estilo de Vida), que inclui remédios como o Roacutan, para o tratamento da acne – que incomoda 25 milhões de pessoas no Brasil. A empresa chegou a criar o site Cucas.com.br para reunir os pacientes. O mesmo foi feito pela Roche com os usuários do Xenical, remédio contra obesidade. “Os pacientes não querem mais saber de dietas da lua. Querem resultados cientificamente testados”, garante o médico
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